Antes de tudo, o Liquid Glass da Apple representa uma das maiores transformações visuais já lançadas pela empresa em iOS, iPadOS, macOS, watchOS e tvOS — desde 2013 com o flat design do iOS 7. Trata-se de um novo material visual que combina transparência, profundidade e fluidez, inspirado pelo visionOS. No entanto, o que isso significa na prática? A seguir, desmembramos todos os aspectos essenciais sobre o Liquid Glass.
O que exatamente é o Liquid Glass?
De forma sucinta, o Liquid Glass é uma linguagem de design — ou “material” — que utiliza efeitos ópticos de vidro translúcido combinados com realismo dinâmico. Ele emprega refração, reflexo e desfoque adaptativo para criar elementos com aparência fluida e contextual.
Para ser mais concreto: botões, banners, menus de controle central e notificações passam a exibir camadas sutis de vidro fluido que respondem ao conteúdo subjacente. Ou seja, o fundo influencia tonalidade e transparência do vidro, criando uma interface mais rica visualmente .
Ainda mais, esse efetivo ‘vidro vivo’ adapta-se a luz ambiente, cores de wallpaper e até rolagens, realçando profundidade e hierarquia visual .

Impacto da Liquid Glass na legibilidade e usabilidade
Logo ao usar o Liquid Glass, surgem desconfortos: texto pode parecer “sumir” ou sem contraste suficiente. Contudo, a Apple aplica gradientes de adaptação — ajuste automático de brilho e fundo — para manter a legibilidade em qualquer situação.
Entretanto, em alguns casos de alto contraste ou controles muito translúcidos, haja esforço ocular para leitura, especialmente em ambientes de luz forte . O resultado é que a interface fica mais interessante visualmente, sem abrir mão da usabilidade.
Além disso, o Liquid Glass melhora a hierarquia: elementos de fundo ficam desfocados, o que direciona o foco do usuário para o conteúdo prioritário.
Desempenho e consumo de bateria
Uma pergunta recorrente é: usar tantos efeitos não vai drenar a bateria? Embora exista um custo técnico — camadas, transparência e reflexos — a Apple afirma que o Liquid Glass roda de forma otimizada nos chips Apple Silicon e nos novos A-series, utilizando GPU + Neural Engine .
Especialistas, no entanto, sugerem que, em dispositivos mais antigos, esse consumo adicional pode ser perceptível . Por conta disso, a Apple oferece modos adaptativos: nas betas, efeitos muito pesados são limitados em iPhones anteriores ao iPhone 11 .

Dispositivos suportados com Liquid Glass
O Liquid Glass da Apple está presente oficialmente em:
- iPhones a partir do iPhone 11 com iOS 26
- iPads (iPad Pro 2018+ e Air 3ª geração+)
- Macs com macOS Tahoe, versões M2 ou posteriores
- Apple Watch com watchOS 26
- Apple TV com tvOS 26
Modelos mais antigos recebem versões limitadas ou simplificadas — desfoque sem camadas avançadas — para preservar performance.
Compatibilidade com apps e adoção por desenvolvedores
A novidade também interessa a desenvolvedores. A Apple lançou APIs no SwiftUI, UIKit e AppKit para criar elementos com Liquid Glass — como ícones, controles e widgets.
Diversos apps nativos já adotam o design, como Câmera, Fotos e Safari. Além disso, a Apple está incentivando a adoção por terceiros — WhatsApp, Notion, entre outros — com documentação detalhada e recursos na Figma Community para desenvolvedores .
A integração acontece sem alterações profundas de UX ou reengenharia de código, tornando a adoção mais ágil e econômica.

Recepção da comunidade e críticas
Primeiramente, muitos designers elogiam o visual realista, fluido e elegante — além de ser a mudança visual mais significativa desde 2013.
Por outro lado, jornalistas e usuários apontam problemas:
- Alguns efeitos exagerados dificultam leitura de texto ou menus.
- Reclamações sobre “ruído visual” especialmente em control center com wallpapers brancos.
- Comparações com Windows Aero (do Vista), o que gera debate sobre retorno da estética skeuomórfica.
No entanto, muitos entendem que a ferramenta ainda está em beta e que ajustes finos devem vir antes do lançamento oficial.
E o Siri e a IA?
O Liquid Glass não é apenas visual. Ele integra diretamente o novo Apple Intelligence (IA) e o Siri com aprendizado de máquina, servindo de base visual para sugestões inteligentes.
Quando o Siri exibe cards, eles surgem com layout de Liquid Glass, adaptando-se ao contexto — por exemplo, mostrando traduções em chamadas, ou resumos de entregas — com transições suaves e camadas translúcidas .
Assim, o design não é apenas estético, mas funcional, criando zonas visuais que chamam atenção para IA e assistências automáticas.

Conclusão
Definitivamente, o Liquid Glass da Apple é muito mais que um novo visual. Ele representa:
- Um design unificado e refinado em todos os sistemas Apple.
- Um avanço técnico real, alavancado por GPU e IA.
- Uma base visual para interações assistidas pela nova Apple Intelligence.
- Um desafio para desenvolvedores e designers quanto acessibilidade e consistência.
Ainda mais, ao mesmo tempo parece assumir riscos — especialmente em legibilidade e performance nos dispositivos mais antigos.
De qualquer forma, ele marca uma ruptura estética decidida pela Apple — que não lança apenas um efeito visual, mas sim uma nova forma de relacionarmos com interfaces digitais em um mundo cada vez mais orientado por IA.
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